Viajando com Audrey Hepburn - Roma
Bocca della Verità, na Igreja Santa Maria in Cosmedin, uma das locações do filme. No detalhe, a cena do filme feita nesse local. |
A relação entre Audrey Hepburn e a Cidade Eterna começou em 1952, quando ela trabalhou no filme A Princesa e o Plebeu, lançado em 1953 e dirigido por William Wyler. Nele, Audrey interpreta Anna, uma princesa que está representando o seu país num tour oficial pela Europa. Depois de passar por Londres e Amsterdã, a jovem desembarca em Roma e, tal como aconteceu nas cidades anteriores, precisa se apresentar em diversos eventos formais.
Em sua primeira noite na cidade, a princesa se ressente de sua rotina cheia de compromissos oficiais e sonha com a chance de fazer coisas que só os plebeus têm direito, como sentar-se num café e ver a vida passar. Agindo por impulso, ela escapa do prédio da embaixada onde está hospedada (filmagens no Palazzo Barberini) e vai dar uma volta. No entanto, o plano falha quando ela, que havia tomado remédio para dormir, pega no sono num banco do Fórum Romano (na época, aberto para a passagem de pessoas e de carros a qualquer hora do dia e da noite). A moça é socorrida por Joe Bradley (Gregory Peck), um jornalista americano que estava passando pelo local. Sem saber de quem se trata e nem onde ela mora, ele a leva para o seu próprio endereço, na Via Margutta 51-A.
Na manhã seguinte, Joe descobre a identidade de Anna através de um jornal matutino e decide lucrar com o ocorrido. Por isso, assim que ela deixa o seu apartamento, ele a segue e a aborda na Piazza di Spagna, onde ela toma um gelati. Ali, Anna diz para Joe que, na noite anterior, ela havia fugido de uma "escola". O jornalista, então, convence-a a tirar o dia de folga e fazer as coisas que tem vontade. Quando ela topa, ele chama o fotógrafo Irving (Eddie Albert) para documentar, anonimamente, o passeio.
Anna (Audrey Hepburn) e Joe (Gregory Peck) na Piazza di Spagna. Foto: Paramount Pictures |
- O prédio do anfiteatro Coliseu, datado de 80 d.c, onde Anna conhece um pouco sobre a história do monumento histórico mais famoso da Itália;
- A igreja Santa Maria in Cosmedin, onde o mentiroso Joe desafia a mentirosa Anna a colocar a mão na Bocca della Verità;
- O rio Tibre, na altura da Ponte Vittorio Emanuele II, onde acontece o baile em que os seguranças reais identificam Anna e tentam levá-la de volta para o palácio. Como ela resiste, os homens acabam causando uma briga no local e sendo levados presos pela polícia italiana.
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A Princesa e o Plebeu fez bem tanto para Roma, que passou a constar no roteiro turístico dos cinéfilos apaixonados pelo filme de várias gerações, como para a própria atriz, que foi apresentada ao público mundial e ganhou o seu primeiro e único Oscar de Melhor Atriz por seu papel nele.
Roma voltou a fazer parte da vida de Audrey Hepburn em, pelo menos, duas outras ocasiões: em julho de 1955, quando ela retornou à cidade acompanhada de seu primeiro marido, Mel Ferrer, para filmar Guerra e Paz (1956) nos estúdios da Cinecittà; e, em janeiro de 1969, quando ela foi morar na cidade com o seu segundo marido, o italiano Andrea Dotti.
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Veja também: Viajando com Audrey Hepburn por Nova York, Paris e Londres.
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