Parabéns, Fitzgerald: O Último Magnata
O último romance de Francis Scott Fitzgerald ficou inacabado. O escritor faleceu em 21 de dezembro de 1940, quando estava trabalhando em O Último Magnata. Coube ao amigo dele, Edmund Wilson, publicá-lo do jeito como o escritor deixou, com o cuidado de incluir, no final do livro, as anotações de como Fitzgerald tinha planejado conduzir a estória do magnata do cinema, Monroe Stahr.
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Fotos e poster do filme: Divulgação |
Em 1976, o livro ganhou uma versão cinematográfica, com Robert De Niro interpretando o papel principal e Robert Mitchum no de Pat Brady, o dono do estúdio. No livro, Cecília Brady (interpretada por Theresa Russel) é a principal narradora da estória, mas isso não acontece no filme. E, coube a Ingrid Boulting dar vida à paixão do magnata, Kathleen Moore. Tony Curtis (como Rodriguez), Jeanne Monroe (como Didi) e Jack Nicholson (como Brimmer) completam o elenco principal.
A trama, como não podia deixar de ser, se passa em Los Angeles, tendo duas principais locações. Para dar vida ao estúdio da estória, o filme foi rodado dentro do Paramount Studios (5555 Melrose Avenue, Hollywood). Praticamente, todas as instalações deste estúdio podem ser conferidas na tela. Entre as cenas de destaque, está aquela do acidente com a caixa d´água, em Monroe vê Kathleen pela primeira vez.
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Foto Paramount Studio: Fran Mateus |
O diretor Elia Kazan e o roteirista Harold Pinter fizeram um trabalho muito bom ao transportar para a tela, uma estória tão complexa, sem um rumo tão claro. Acho que eles deram um final digno para um personagem que, se Fitzgerald pudesse ter concluído o seu trabalho, teria um outro destino.
Minha dica final é: leia o livro e assista ao filme (e, a série da Amazon, de mesmo título). Fico imaginando o que Fitzgerald pensaria se pudesse ver seu trabalho tão reconhecido...
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