"Ainda Estou Aqui" entre o Leblon e a Urca

 

O filme Ainda Estou Aqui (2024), dirigido por Walter Salles, foi inspirado no livro homônimo do escritor Marcelo Rubens Paiva. Em ambos, autor e diretor contam a história do desaparecimento do ex-político Rubens Paiva (interpretado por Selton Mello), ocorrida em janeiro de 1971, quando ele foi levado para prestar depoimento para agentes do Exército, durante a ditadura militar no Brasil. A mãe de Marcelo, Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro), também foi levada para ser interrogada, mas foi solta depois de duas semanas de tortura psicológica.

Ao retornar para casa, Eunice deu início à, pelo menos, três batalhas: conseguir seguir em frente criando, sozinha, seus 5 filhos; buscar a verdade por trás do sumiço do marido, cujo corpo nunca foi encontrado; e voltar a estudar para se tornar uma advogada especializada na defesa dos direitos humanos.

Essa história é tocante e merece todos os prêmios e indicações que vem recebendo, entre eles estão o Globo de Ouro de Melhor Atriz para Fernanda Torres e as indicações para o Oscar de Melhor Filme, de Melhor Atriz e de Melhor Filme Internacional.

A casa dos Paiva

Na vida real, a família Paiva morava numa bela casa, de frente para a praia do Leblon. No filme, é possível apreciar a beleza do mar e a vista para o Morro Dois Irmãos, principalmente, quando o casal Paiva ainda estava junto e feliz.

Na tela, a casa dos Paiva foi ambientada num imóvel da década de 1937, localizado no bairro da Urca, na esquina da avenida João Luiz Alves, nº 170, com a rua Roquete Pinto, nº 7. Com o sucesso do filme, o endereço virou um ponto de peregrinação turística. 

Confira a casa/locação no Google Maps e nesse post no Threads (que também apresenta outros endereços de locações tanto do Rio de Janeiro como de São Paulo).

Detalhe: no caminho para a casa do filme encontra-se o edifício do antigo Cassino da Urca, frequentado por muitos hollywoodianos nas décadas de 1930-40 (Avenida João Luiz Alves, 13).