Os "Caçadores de Obras-Primas" e a Madonna de Bruges
O filme dirigido por George
Clooney é inspirado no livro de Robert M. Edsel, “The Monuments Men”, e baseado em fatos reais. Trata-se da história de
um grupo composto de oito homens (de acordo com o livro, foram cerca de 500;
sabe como é cinema, não é? rs!) que seguem em direção à Alemanha, com a missão de
recuperarem obras de arte roubadas pelos soldados de Hitler, de diversas cidades do Velho Continente, durante a II
Guerra Mundial.
A trupe comandada por Frank Stokes (interpretado pelo próprio Clooney) fica conhecida como os “Caçadores
de obras-primas”. Todos trabalhavam com arte e
tinham pouco, ou nenhum, conhecimento sobre como agir nos campos de batalha. No elenco, além de Clooney, estão Matt Damon (James Granger), Cate Blanchett (Claire Simone), Bill Murray (Richard Campbell), John Goodman, (Walter Garfield), Jean Dujardin (Jean Claude Clemont), Hugh Bonneville (Donald Jeffries), Bob Balaban (Preston Savitz) e Dimitri Leonidas (Sam Epstein), dentre outros.
Alemão avaliando o 'material' antes de ordenar o seu envio para um castelo na Rússia. Fotos do filme: Divulgação. |
Antes de ser pego, Hitler ordenou
que todas as obras de arte roubadas fossem destruídas. O trabalho dos caçadores
era evitar que isso acontecesse e, com a recuperação das obras, preservar parte da
história cultural da humanidade.
A produção de George Clooney tem
recebidos críticas ruins, o que penso ser uma injustiça. Acredito que, independente da idade, quem
ama arte gostará de ver este filme. Nas cenas de destruição das peças, por exemplo, dá um nó
na garganta ver o quanto foi perdido da História da Arte. Obviamente, o
filme também mostra as crueldades em relação aos judeus presos pelos nazistas (numa
das cenas, baús de dentes de ouro são descobertos pelos caçadores). Este tema foi muito bem apresentado em outras produções, como "A Lista de Schindler".
A estátua "Madonna de Bruges", protegida por um nicho em mármore negro. Foto: Cris Affonso |
Sobre as locações, o filme foi
quase todo rodado na Alemanha (corajoso esse Clooney, hein!), inclusive as
cenas feitas em estúdio (Studio Babelsberg). A maior referência de “Caçadores de Obras-Primas” é dada
a estátua ‘Madonna de Bruges’
(1501/1504), de Michelangelo, que havia sido roubada da Igreja de Nossa Senhora de Bruges, na Bélgica, e que custou a vida
de um dos soldados de Strokes. Essa obra foi vendida a uma rica família de
comerciantes de Bruges quando Michelangelo ainda era vivo e foi furtada duas
vezes da cidade: a primeira em 1794, por revolucionários franceses e, a
segunda vez, em 1944, no fato mostrado pelo filme.
Esqueça as críticas
ruins e vá assistir ao filme de Clooney. Vale a pena conhecer uma parte da história da II Guerra
Mundial pouco mostrada no cinema.
Foto da Madonna de Bruges: Cris Affonso
Assisti esse filme e achei que o roteiro poderia ser melhor na primeira metade, entretanto, analisando sob o contexto histórico, temos a exata noção dos pensamentos megalomaníacos de Hitler e do quanto foi perdido durante a II Guerra. Muitas obras foram perdidas, não só de arte, mas literárias e musicais também.
ResponderExcluirNo minha humilde opinião, vale mais pelo contexto histórico que pelo entretenimento em si.
Oi Henrique, obrigada pelo comentário. O filme é uma forma de conhecermos um pouco do quanto um homem conseguiu ser tão destrutivo! Sem contar que dá uma vontade enorme de ir a um museu assim que saimos do cinema, de tantas e belas obras de arte que vemos!! Rs! Abçs.
ExcluirRealmente o filme vale a pena assistir mais pelo contexto histórico, além é claro de despertar em nós a vontade, pelo menos em mim, de conhecer pessoalmente a "Madonna de Bruges" o mais breve possível.
ResponderExcluirTambém fiquei muito curiosa sobre a "Madonna". Minha amiga, Cris Affonso, que esteve lá, disse que a experiência é fantástica! Grande abraço, Ricardo.
ExcluirOlá, no final do filme é narrado que a Madona ficou com os russos enquanto a imagem mostra ela sendo transportada pelos americanos e após exposta na igreja. Você entendeu?
ResponderExcluirAbs, Marcos
Oi Marcos, eu acredito que sejam coisas do cinema :-), que às vezes encurtam/modificam o roteiro para a história 'caber' no tempo certo. Grande abraço.
ExcluirGostei demais do filme! Nāo é sempre que a arte é vista como digna de ser salva e preservada!
ResponderExcluirConcordo :-)
ExcluirAdoro este filme! O movimento de buscar, recuperar e restaurar ao seus lugares e donos as obras de arte são dignos de serem vistos e revistos!
ResponderExcluirTambém acho! Dá muito prazer ver temas sobre arte na tela :-)
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