Nova York de Woody Allen: "O Escorpião de Jade" (2001)
"Achei o Picasso desaparecido."
"Não acredito. Como conseguiu?"
"Não foi fácil. Eu procurava o quadro de uma mulher com violão, mas esse só tem cubos. Eu levei duas horas para achar o nariz."
(Conversa entre C.W. Briggs e o seu chefe)
C.W. Briggs e Betty Ann sendo hipnotizados durante um show de mágica.Foto: divulgação |
O filme O Escorpião de Jade (The Curse of the Jade Scorpion, 2001) se passa na década de 1940, uma época em que os detetives ainda precisavam se valer mais das suas habilidades dedutivas, do que de qualquer artefato tecnológico, para solucionar crimes. E, nesse quesito, C. W. Briggs (Woody Allen) se considerava um gênio, chegando a afirmar que teria medo de ter que perseguir a si mesmo, caso fosse bandido. Ele diz isso pouco antes de, sem saber como, se ver envolvido num roubo de joias, e precisar achar um jeito de ser inocentado da acusação. Para piorar a sua vida, a agência de detetives onde trabalha coloca uma profissional de mentalidade inovadora, Betty Ann Fitzgerald (Helen Hunt), para transformar a empresa, ameaçando a posição do velho detetive, declaradamente, um averso aos avanços tecnológicos.
Uma locação importante desse filme é o Rainbow Room, um restaurante datado de 1934, que fica no 65º andar do antigo RCA Building, no Rockefeller Center, e oferece uma das mais belas vistas de Manhattan.
O Escorpião de Jade não chega perto dos melhores filmes de Woody Allen, mas tem, na minha opinião, a melhor piada de todas: a que brinca com um quadro de Picasso, e que inicia esse post. Impagável!
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