"O Incrível Hulk" nas favelas Rocinha e Tavares Bastos

Favela da Rocinha numa foto de Fran Mateus

No filme "O Incrível Hulk" (The incredible Hulk), de 2008, com direção do francês, Louis Leterrier, o Doutor Bruce Banner, interpretado por Edward Norton, vem ao Rio de Janeiro se esconder do FBI. Teoricamente, ele mora na Favela da Rocinha. É ela que aparece numa tomada aérea que descortina os telhados das residências da comunidade e termina com uma imagem do cientista no teto de uma delas. Na prática, no entanto, Bruce se esconde mesmo é na Favela Tavares Bastos, localizada no bairro do Catete e mais conhecida por ser a 'casa' do B.O.P.E, o local de trabalho do famoso e querido Capitão Nascimento (Wagner Moura), da franquia de sucesso "Tropa de Elite" (2007 e 2010, direção de José Padilha).   




Bruce Banner (Edward Norton) na Favela Tavares Bastos
Foto: Divulgação

Na Tavares Bastos, Bruce vive seu dia-a-dia: vai ao trabalho, numa fábrica que engarrafa bebidas (montado num estúdio canadense), circula pelas ruas da comunidade, aprende português, tem aulas de autocontrole com Rickyson Gracie e compra ervas dos locais, na tentativa de encontrar a cura para voltar a ser um homem normal. O maior desejo de Banner é libertar-se de vez do revoltado mostro verde, o temido Hulk, e correr para os braços da amada, Beth Ross (Liv Tylor). Se isso acontece ou não, só assistindo a história...

Fran Mateus na região comercial da Favela da Rocinha, em fev/2014.

Foi só o personagem da Marvel Comics aparecer na favela, para o público mais aventureiro querer visitar as comunidades mostradas no filme, sendo o passeio pela Rocinha o mais procurado pela turma. Em fevereiro deste ano, eu entrei para a lista e subi o morro. Fui pelo Favela Tour e constatei uma estatística curiosa: são os estrangeiros que curtem mais as visitas às comunidades cariocas. No meu grupo, por exemplo, estavam sete estrangeiros: dois ingleses, dois americanos, uma japonesa e dois indianos. A presença 'gringa' é tão constante que os idiomas oferecidos são o inglês, o espanhol e o italiano. Português é artigo de luxo num passeio deste tipo. 
Qualquer que seja a nacionalidade do visitante, no entanto, um dos maiores cuidados a ser tomado é não invadir o espaço de quem mora no lugar. A curiosidade do turista deve ser satisfeita com as informações que ele recebe do guia e dos moradores que desejem lhe dirigir a palavra. Nada de fuçar onde não é permitido ou fotografar sem autorização em lugares privados. Neste aspecto, o guia turístico é fundamental. O nosso foi nota 10! Simpático, prestativo e orientador.

Confira o site do Favela Tour para conferir dias e horários dos passeios, caso deseje viver essa experiência.

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