Hotéis Literários: Plaza Hotel, Flórida, 1006, Buenos Aires


O bar do Plaza foi para a literatura hispânica o mesmo que o bar do Ritz, em Paris, foi para a norte-americana. Por ele passaram o espanhol José Ortega y Gasset, o mexicano Octavio Paz, o peruano Mario Vargas Llosa, o cubano Heberto Padilla, o brasileiro Jorge Amado, Jose Luis Borges e Victoria Ocampo, como vizinhos...

Em Agay, Gide visitou Antoine de Saint-Exupéry, que voltava da Argentina, de onde trazia um novo livro e uma noiva: "Eu li um, vi a outra. Felicitei-o muito: mas principalmente pelo livro; espero que a noiva também seja satisfatória". Saint-Exupéry falou-lhe longamente sobre seu camarada de aviação Guillaumet, que "fazia o serviço postal de X a Y (?); estávamos sem notícias dele há seis dias. Dizia-se que seu avião fora atingido por uma tormenta durante a travessia da cordilheira; ele deve ter caído em plena montanha, em uma região particularmente inacessível, desconhecida... [...] Tonio de Saint-Exupéry jantava em um hotel luxuoso de Buenos Aires quando a notícia começou a espalhar-se; Guillaumet vivia, fora encontrado. A emoção foi tão viva que cada um levantou-se. Todos se abraçaram. Tonio o reviu pouco depois. Ele projeta escrever o relato que Guillaumet lhe fez sobre prodigiosa aventura". Será o Voo noturno.

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Trecho do delicioso livro "Os hotéis literários - Viagem ao redor da terra" de Nathalie H. de Saint Phalle.

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