Um tour pela Milão de Hemingway, em "Adeus às armas"
“O drama romântico mais belo já escrito!” (Fran Mateus)
A obra
Frederic Henry é um jovem
americano que alista-se no exército da Itália para servir na I Guerra Mundial. Os
seus valores são repensados ao conhecer e apaixonar-se pela enfermeira inglesa,
Catherine Barkley. Quando ele corre o risco de ser fuzilado pelos próprios
italianos, que o confundem com um espião, esses valores caem por terra.
A paixão entre Fred e Cat começa
no front da cidade de Gorízia,
localizada na região de Friuli-Venezia-Giulia, mas pega fogo mesmo em Milão, na
região da Lombardia, para onde ele é enviado com ferimentos de guerra e Cat é
transferida para ajudar no Hospital Americano.
“Adeus às Armas” é o segundo
romance escrito por Ernest Hemingway, e primeiro desde que ele deixou
Paris. Lançado em 1929, ele teve
adaptações para o cinema. Eu assisti a versão do ano de 1957, dirigido por
Charles Vidor e muito fiel ao livro. Rock Hudson e Jennifer Jones interpretaram
os papéis principais, e Vitorio de Sica deu vida ao Major Rinaldi. O romance de
Fred e Cat foi vivenciado, também, nas montanhas próximas de Montreaux e num
hospital de Lausanne, ambas na Suíça.
Até o lançamento desse romance, algumas coisas
mudaram na vida de Hemingway. Ele separou-se de Elizabeth Hardley, em 1927, e,
naquele mesmo ano, casou-se com Pauline Pfiffer. O escritor voltou para os EUA,
em 1928, e foi morar em Key West, na Flórida. Entre o retorno ao país natal e o
lançamento de “Adeus às Armas”, Hemingway foi pai de seu segundo filho,
Patrick, e perdeu o próprio pai, num ato de suicídio.
Terminei de ler "Adeus às armas" num vôo entre Montevideo e São Paulo. E achei o romance a mais bela obra de amor que existe. |
A cidade
Em Milão, o apaixonado casal faz caminhadas pela elegante Via Manzoni,
circula pela Galleria Vittorio Emanuele II, faz apostas no Hipódromo de San
Siro e janta no café Cova.
Duomo |
Teatro alla Scala |
Aos amantes da moda, as principais atrações de Milão continuam sendo o Triângulo de Ouro e a Galleria Vittorio Emanuele II. O primeiro é composta pelas vias Montenapoleone, Della Spiga e Sant´Andrea, e é onde podem ser encontradas as luxuosas lojas Prada, Gucci, Armani, Valentino, dentre outros nomes de muitos quilates. A Galleria, por sua vez, foi construída entre os anos de 1865 e 1878, com uma estrutura considerada inovadora para a época. O edifício figura como um dos primeiros shoppings centers do mundo.
Galleria Vittorio Emanuele II |
Quando os milaneses não estão na
cidade, é para a região dos lagos, das montanhas ou da costa que eles seguem.
Faça como eles e conheça o Lago di Como
ou o Lugano, ambos a cerca de 40
minutos da cidade. Se a sua preferência for um banho de mar, os milaneses
costumam se afastar um pouco mais em busca das areias de Portofino, uma pequena aldeia de pescadores que possui boas lojas e
restaurantes. Quem leu as obras do ‘Papa’, sabe que estes são típicos passeios
à La Hemingway e seus personagens.
Lago di Como |
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