RioCineTour: "Interlúdio"


Interlúdio (Notorius, 1946), filme de Alfred Hitchcock ambientado no Rio de Janeiro da década de 1940,  é considerado por muitos críticos de cinema como um dos melhores trabalhos do diretor inglês.

Na trama, o mestre do suspense escolhe a Cinelândia, no centro da cidade, como ponto de encontro entre Devlin (Cary Grant) e Alicia (Ingrid Bergman). O agente do FBI e a espiã alemã, naturalizada americana, costumavam sentar nos bancos da Praça Floriano Peixoto para colocar os assuntos da missão em dia. A localização era estratégica, visto que a Embaixada dos Estados Unidos, local de trabalho de Devlin, ficava ali perto (a fachada da Biblioteca Nacional foi usada como sendo o edifício americano). 

Quem viu o filme, sabe que Alicia foi contratada pelo FBI para aproximar-se de Alexander Sebastian (Claude Rains, que foi indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por este papel), líder de um grupo nazista, que usava o Rio como base na América do Sul. Quem ainda não viu “Interlúdio”, deve imaginar que, num filme de Hitchcock, a jovem passou por alguns apuros nessa missão.


Devlin e Alicia num banco da Cinelândia.
Foto: Divulgação

Sobre a locação escolhida, saiba que a região da Cinelândia foi transformada arquitetonicamente (inspirada no estilo parisiense) no início do Século XX (entre os anos de 1904 e 1910). A animação a ‘La Broadway americana’ aconteceu por volta dos anos 1920, quando enormes – e badaladas – salas de cinema aportaram na região. Delas, sobrou o Cine BR Odeon, onde acontecem premières e o Festival Internacional de Cinema do Rio de Janeiro.


"Tirei esta foto de dentro do Theatro Municipal.
Dia nublado, Rio lindo do mesmo jeito." (Fran Mateus)

Como chegar? Simples. Pegue o metrô e desça na estação Cinelândia. Dá para passar um dia inteiro por lá, só visitando prédios fantásticos: o Theatro Municipal e a Biblioteca Nacional possuem visitas agendadas; o Museu de Belas Artes merece um passeio com calma, para você apreciar todos os quadros e esculturas que desejar. Faça uma parada estratégica no Amarelinho (para almoçar) e no café do Cine Odeon (para um descanso entre uma atração e outra).

Observação: para mostrar o Rio na telona, Hitchcock se valeu da técnica chamada ‘back projection’, mostrando imagens da cidade por trás das cenas dos atores. Mesmo que ele não tenha pisado seus celebrados pés no Brasil, o que importa é que Rio de Janeiro ficou imortalizado no cinema num filme de primeiríssima grandeza.

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