"Medos privados em lugares públicos"
O filme do diretor Alain Resnais ("Coeurs" é o título em francês) mostra a estória de 6 personagens solitários, que vivem e trabalham numa Paris fria e nevada.
Diferente de muita gente que amou a história, e da crítica, que classificou-o como "esplêndido, emocionante, divertido", confesso que achei "Medos privados..." um filme difícil de ser digerido e um tanto monotóno. Começa pela paisagem: uma Paris gelada, cuja neve parece ser infinita e está sempre presente nos ombros e nas roupas das personagens (aparentemente, uma característica do diretor). De divertido, só a capa e as cenas onde a mulher religiosa deixa que o inferno queime dentro dela e mostra isso num vídeo que oferece para ser visto por conhecidos seus.
Os interiores, por sua vez, são bem explorados: o bar moderno do hotel de luxo, a imobiliária clean com vista para a rua, os apartamentos das personagens (um moderno, outro mais retrô...), o café frequentado pela personagem que vive marcando encontros: o único ambiente animado do filme (para os outros, não para ela). Os diálogos são bem construídos e colocam o expectador para pensar em alguns momentos. A atuação dos artistas é convincente.
Diferente de muita gente que amou a história, e da crítica, que classificou-o como "esplêndido, emocionante, divertido", confesso que achei "Medos privados..." um filme difícil de ser digerido e um tanto monotóno. Começa pela paisagem: uma Paris gelada, cuja neve parece ser infinita e está sempre presente nos ombros e nas roupas das personagens (aparentemente, uma característica do diretor). De divertido, só a capa e as cenas onde a mulher religiosa deixa que o inferno queime dentro dela e mostra isso num vídeo que oferece para ser visto por conhecidos seus.
Os interiores, por sua vez, são bem explorados: o bar moderno do hotel de luxo, a imobiliária clean com vista para a rua, os apartamentos das personagens (um moderno, outro mais retrô...), o café frequentado pela personagem que vive marcando encontros: o único ambiente animado do filme (para os outros, não para ela). Os diálogos são bem construídos e colocam o expectador para pensar em alguns momentos. A atuação dos artistas é convincente.
Como quase todo filme de arte, este não dá esperança para quem assiste. Não existe luz no fim do inverno... Mas, valeu a pena assistir, mesmo que seja para construir esta ideia a respeito dele.
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