"Bob Marley: One Love" na rota Kingston - Londres
Ontem fui assistir Bob Marley: One Love (2024), o filme dedicado à lenda do reggae Robert Nesta Marley (1945 - 1981), mais conhecido como Bob Marley por quase todos os seres humanos do planeta. Antes do filme, eu o conhecia mais como artista e compostor de hits famosos como "No Woman, No Cry" e sabia que ele militou pela paz para o povo pobre e oprimido da Jamaica. No entanto, eu desconhecia os detalhes de sua história e tudo o que ele passou e viveu antes de se tornar um dos nomes mais conhecidos e respeitados do universo musical.
No filme, o ator inglês Kinsley Ben-Adir tem a responsabilidade de dar vida a Bob Marley desde o momento em que ele sofre um atentado, em 1976, dentro de sua casa e espaço onde treinava com os membros de sua banda, The Wailers, até a noite de 22 de abril de 1978, quando ele sobe no palco do Estádio Nacional da capital da Jamaica, Kingston, para apresentar-se, gratuitamente, para os seus conterrânios. O nome do show? One Love Peace Concert.
Entre os dois períodos mencionados, o filme mostra momentos da infância do músico, quando ele foi abandonado pelo seu pai, um homem branco e de origem inglesa; momentos de sua juventude, quando ele conheceu a jovem que se tornaria a sua esposa, Rita Marley (interpretada pela atriz Lashana Lynch), e quando o casal e seus amigos começaram a carreira musical; e a fase adulta, quando ele se exilou em Londres e compôs Exodus, o disco que ajudou a aumentar a sua fama internacional.
Um dos destaques dessa história dirigida por Reinaldo Marcus Green é o relacionamento entre Bob e Rita: eles foram amigos, amantes e parceiros de trabalho; Rita era uma das integrantes do The I Threes, o trio de mulheres vocalistas que acompanhava a banda durante os shows. Juntos, Bob e Rita Marley criaram 12 filhos: parte dele, parte dela, parte adotada e quatro do casal.
Principais locações:
Quatro lugares ganharam destaque em Bob Marley: One Love.
56 Hope Street: O endereço do imóvel onde Bob e Rita moraram, em Kingston, e onde ambos sofreram a tentativa de assassinato foi transformado num museu (The Bob Marley Museum), depois da morte do cantor, em 1981.
42 Oakley Street: esse foi o segundo endereço de Bob e os The Wailers na capital londrina, localizado no bairro de Chelsea. Foi aqui onde músico e banda conceberam músicas e melodias para o álbum Exodus, um dos mais importantes da carreira deles. Esteve lá, recentemente, e fiquei imaginando a vizinhança tendo que conviver com todo aquele 'barulho' criativo 😆. A frente da casa ganhou uma placa azul da English Heritage, indicando que Marley viveu ali.
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Foto: Fran Mateus |
Battersea Park: local onde o músico se exercitava e onde jogava bola com seus amigos quando morou em Londres. No filme, é nesse parque onde um dos jogadores pisa no pé de Bob, causando-lhe um ferimento. Como a ferida não cicatriza, Bob consulta um médico e descobre que tem câncer.
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Bob Marley promovendo um momento histórico durante o show One Live Peace. |
National Stadium: estádio construído em 1966 e onde, doze anos depois, Bob Marley fez o show que entrou para a História do seu país. Naquela noite de 22 de abril de 1978, o músico conseguiu fazer os políticos rivais Michael Manley e Edward Seaga apertarem as mãos, sinalizando para a dividida população jamaicana um acordo de paz entre eles.
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Este post é dedicado ao meu sobrinho Rodrigo Mateus, um fã de longa data de Bob Marley. "Rastafari, Rodrigo" ☺ |
Para concluir, eu posso dizer que é uma experiência e tanto assistir Bob Marley: One Love. Podemos conhecer um pouco da história desse homem que virou um mito, enquanto somos embalados por algumas de suas canções mais emblemáticas e emocionantes: algumas delas porque se tornaram muito famosas globalmente; outras, porque as suas mensagens de paz e de igualdade social altrapassaram as barreiras do tempo e das delimitações geográficas. Afinal, os problemas da Jamaica também aconteceram (e continuam acontecendo) em muitas partes diferentes do mundo, fazendo com que o sofrimento de um povo seja o sofrimento de muitos outros, independente de cor, credo ou posição política.
Eu e eu, realmente sou fã do Bob e Seu fã! Agradeço a dedicatória em seu maravilhoso trabalho, neste caso, referente ao Rei do Reggae !
ResponderExcluirQue Jah Rastafari e Haile Selassie I, te abençoem e protejam sempre!
Muita luz sempre, tia! 🙏🏽😍
"Ratafari"
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