Sangue Negro: Daniel Day-Lewis entre o Texas e a Califórnia


Não é necessário ser especialista em interpretação para olhar para Daniel Day-Lewis no filme “Sangue Negro” (There Will Be Blood, 2007) e entender o motivo dele ter ganhado o Oscar de Melhor Ator pelo papel de Daniel Plainview. Em cada gesto, cada expressão facial, cada fala e, até, na ausência dela, Day-Lewis impõe seu estilo e mostra que ele era mesmo ‘o cara’ na festa do cinema de 2008. Na trama conduzida por Paul Thomas Anderson, o astro britânico interpreta um explorador de petróleo que só vive, age e pensa em torno do seu trabalho. Seu sonho? Conseguir tanto dinheiro que o permita viver longe do resto da humanidade, a quem despreza. Na longa jornada em busca da realização pessoal, passam pelo seu caminho o menino H.W (Dealon Freasier), a quem Plainview adota como filho e usa nas suas negociações mal-intencionadas, e o seu rival, o pastor Eli Sunday (Paul Dano tem que encarar a ‘fera’ Day-Lewis de frente. Fez um bom trabalho e foi indicado ao BAFTA inglês).

Foto: Greystone Park & Mansion
A fotografia do filme também impressionou e roubou a cena na festa do Oscar. Quer saber quais foram os lugares que foram mostrados na bela imagem de Robert Elswit? As filmagens foram feitas em regiões áridas e remotas do interior do Novo México, do Texas (nas cidades de Marfa e Shafter, ambas localizadas no Condado de Presídio, quase fronteira com o México) e no estado da Califórnia (no condado de Santa Clara; em Lompoc, Santa Barbara; e, em El Mirage Dry Lake, área recreativa localizada no Condado de San Bernadino). A parte mais ‘urbanizada’ da trama, que é a residência rica do Plainview, foi rodada tanto em Washington, no Thornewood Castle (em Lakewood), como na Califórnia, em Greystone Park & Mansion (Beverly Hill, Los Angeles). A mansão (veja foto ao lado) faz parte da última cena do filme e, para os curiosos (como eu!), é legal saber que esta locação foi usada em inúmeros outros filmes e séries americanas.

ASSISTA! Considerado uma obra-prima dos tempos atuais, “Sangue Negro” surpreende e causa um forte impacto no espectador, goste ou não da história, concorde ou não com o comportamento do ambicioso explorador. No fundo, aparentemente, todo mundo acaba ‘entendendo’ Plainview e simpatizando ou tendo empatia por ele (mérito do ator e do diretor, que também trabalhou no roteiro e ‘construiu’ a personalidade da personagem). Assista ao filme e veja de que lado você se posiciona. De quebra, admire a bela paisagem do interior americano e se pergunte como é que conseguiram aqueles cenários para filmarem aquelas cenas... Um trabalho e tanto de produção!

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