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Mostrando postagens de dezembro, 2013

Stanley Kubrick: Laranja Mecânica

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Divulgação Dizer que “ Laranja Mecânica ” ( A Clockwork Orange , 1971) é um dos mais controversos filmes de Stanley Kubrick seria como ‘ chover no molhado ’? Qual filme do ‘velho garoto do Bronx’ não foi classificado como controverso? Todos eles, cada um do seu jeito e estilo, causaram algum tipo de forte reação no público e na crítica. Inspirado no livro de Anthony Burgess, o filme de Kubrick aborda temas como a violência e as técnicas do estado para ‘transformar’ homens ruins em garotos bonzinhos através da história de Alex DeLarge (Malcolm McDowell), o líder dos Droogs , um grupo de delinquentes composto por ele e três amigos, Dim, George e Peter. Usando uma linguagem que mistura o cockney inglês com gírias russas, os Droogs se divertem com o que chamam de ‘ultraviolência’ – a.k.a – tortura de bêbados indefesos, roubo a casas ricas e afastadas do burburinho da cidade, estupros e rachas cujo objetivo é destruir os carros que passam pelas estradinhas do interior do país.

Stanley Kubrick: "2001 - Uma Odisseia no Espaço"

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Você assistiu “ 2001 – Uma Odisseia no Espaço ” ( 2001- A Space Odyssey ) dezena de vezes e - apesar de concordar com a grandiosidade intelectual de Stanley Kubrick - ainda não entendeu o que tudo aquilo significa? Minha dica para tentar amenizar o seu (e o meu) sofrimento: coloque para tocar “ Assim falou Zaratustra ”, de Richard Strauss, ou “ Danúbio Azul ”, de Johann Strauss, e leia, cuidadosamente, as palavras de Arthur C. Clarke, o escritor de “A sentinela”, conto que serviu de base para o filme. “Atrás de cada pessoa viva hoje estão trinta fantasmas, pois essa é a proporção do número de mortos para o número de vivos. Desde a aurora dos tempos, cerca de cem bilhões de seres humanos viveram na Terra. Cem bilhões é o número aproximado de estrelas na nossa galáxia, a Via-Láctea. Ou seja, para cada pessoa que já viveu, pode haver uma estrela. Naturalmente, estrelas são sóis com planetas ao redor, portanto, não é interessante pensar que há terra suficiente no céu para que cada

Stanley Kubrick: "Lolita"

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Divulgação “O que me enlouquece é a dualidade dessa ninfeta, de toda ninfeta, talvez. A mistura, na minha Lolita, é de uma infantilidade terna e sonhadora e uma vulgaridade velada.” As palavras acima são do professor de Literatura, Humbert Humbert (magistral interpretação de James Mason), um europeu que acabara de chegar aos Estados Unidos e de apaixonar-se, enlouquecidamente, pela adolescente Lolita (a loirinha Sue Lyon). Para ficar próximo do objeto de desejo, ele casa-se com a mãe da menina, Charlotte Haze (Shelley Winters, para mim, a que faz a melhor interpretação do filme). Quando a esposa descobre que as atenções do marido são destinadas à sua filha, ela se suicida. O caminho fica livre para o ‘quarentão’, já que Lolita retribui as suas atenções. O que Humbert não imagina é que existe um rival no seu encalco, um adversário maquiavélico (Clare Quilty, interpretado por Peter Sellers, um dos poucos atores a trabalhar em mais de um filme de Stanley Kubrick) e que faz um ataq

Stanley Kubrick: o homem, o diretor, a lenda

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Para começo de história, eu sempre li e ouvi falar de Stanley Kubrick, mas nunca antes tinha assistido algum dos seus filmes. Com a exposição sobre o seu trabalho realizada pelo Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, decidi que já era mais do que hora de desbravar o universo desse cineasta considerado tão intrigante. Encantada por biografias, tratei logo de conhecer o criador, quem ele era antes de tornar-se um dos diretores mais famosos do mundo, do que gostava, o que o motivava a filmar esse ou aquele assunto, onde morava e como vivia. O documentário “Stanley Kubrick: Imagens de uma Vida” ( Stanley Kubrick: A Life In Pictures ) foi perfeito para me introduzir no universo do homem que conseguiu o mérito de ser admirado por tantos outros nomes de peso do cinema, como Martin Scorsese, Steven Spielberg e Woody Allen. Nascido em Nova York, no dia 26 de julho de 1928, Stanley demonstrou, desde cedo, pouco interesse pelo estudo formal. Em contrapartida, adorava enfiar-se no labo

"Blue Jasmine": Cate Blanchett e Woody Allen em São Francisco

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Quando li as primeiras notícias sobre Blue Jasmine , pensei: "Um encontro entre Woody Allen  (um dos meus cineastas favoritos, forever !) e Cate Blanchett (de quem sou fã desde "Elizabeth")? Uau! Preciso ver isso!!! Tão logo estreou e eu já estava lá, numa poltrona 'cativa' do Espaço Itaú da rua Augusta. Criador e criatura. Blue Jasmine (melhor dizer, Woody Allen) pegou-me de surpresa. E foi uma atrás da outra. Primeiro, porque o desenrolar da trama e, principalmente, o seu final, foram um choque para mim. Lembro-me de ver os créditos passarem na telona e pensar: "É isso? Cadê o 'final', se não feliz, ao menos digno, da personagem?". Tive um pouco de dificuldade de assimilar aquela história toda, como sempre, roteirizada por Allen. Uma segunda curiosidade na trama foram os lugares: ela até tem partes filmadas em Nova York (quando Jasmine lembra do seu passado glamouroso, cheios de jantares incríveis e compras em lojas sofistica