Cabaceiras: Hollywood no Nordeste do Brasil

A Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição aparece
em "O Auto da Compadecida". UOL

Bastou eu assistir os ótimos “O Auto da Compadecida” e “Cinema, Aspirinas e Urubus” para meu interesse pelo lugar onde os filmes foram rodados ser despertado.

A minha curiosidade levou-me, ‘virtualmente’, a Cabaceiras, na Paraíba: uma cidade da região do Cariri, localizada a cerca de 166 km da capital, João Pessoa.



Na entrada da cidade, o letreiro “Roliúde Nordestina” informa aos visitantes a vocação cinematográfica do lugar. Além dos dois filmes que eu assisti, Cabaceiras serviu de cenário para muitas longas metragens e documentários. 

Lagedo do Pai Mateus, por UOL.

Os principais pontos turísticos da estrela paraibana são: o ‘Centro Histórico’, com suas casas que serviram de cenários para os filmes feitos ali (tão bem retratadas em “O Auto da Compadecida” que deu vontade de dar uns bons passeios por lá); as atrações naturais ‘Lajedo do Pai Mateus’ e ‘Saca de Lã’ e o ‘Memorial Cinematográfico’ (com mais de 30 produções rodadas no local, Cabaceiras pode se dar ao luxo de ter um lugar para guardar as fotos e textos que remetem aos seus momentos de ‘artista de cinema’).


Os filmes: 
Cinema, Aspirinas e Urubus

Cinema, Aspirinas e Urubus’ acontece em 1942, quando o mundo está passando pela Segunda Guerra Mundial. Fugindo dessa realidade dolorida, o alemão Johann (Peter Ketnath) dirige pelo interior nordestino, carregado de aspirinas e levando um filme publicitário para poder vendê-las aos habitantes das cidadezinhas por onde passa.



No caminho, ele conhece Ranulpho (João Miguel), um nordestino que está deixando o povoado onde nasceu para tentar fazer a vida no Rio de Janeiro. Os diálogos entre os dois são muito divertidos. Eles tornam-se amigos e veem seus destinos mudarem quando Johann é convocado para a guerra. Um filme tão belo que foi cogitado para o Oscar e ganhou um prêmio no Festival de Cannes.


O Auto da Compadecida

Em “O Auto da Compadecida”, a ordem é rir, e rir muito! O astuto João Grilo (Matheus Netchergaele) e o medroso Griló (Selton Mello) aprontam de tudo na fictícia cidade de Taperoá.



Ninguém escapa das artimanhas dos dois: padres, coronéis, padeiros... até mesmo Nossa Senhora e Jesus Cristo conheceram um pouco da lábia de João Grilo. O filme foi baseado na peça teatral de Ariano Suassuna e teve direção de Guel Arraes.

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