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Hitchcock em Manhattan: "Festim Diabólico" (1948)

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Fotos e poster: divulgação Warner Bros. Tarde de primavera no Central Park. Os namorados David (Dick Hogan) e Janet (Joan Chandler) conversam um pouco e se despedem prometendo encontrar-se, logo mais, no apartamento dos amigos Brandon (John Dall) e Phillip (Farley Granger), durante um jantar que será oferecido por eles.  David chega primeiro no belo apartamento de Brandon e Phillip, com sua bela vista para os prédios de Manhattan. Os anfritiões, que já planejavam cometer o que consideravam o crime perfeito, matam o rapaz "intelectualmente inferior a eles" sufocando-o com uma corda. Depois disso, escondem o seu corpo num baú exposto no meio da sala e, para tornarem o jantar ainda mais "divertido", decidem colocar a comida a ser oferecida aos demais convidados em cima do móvel. A governanta Sra. Wilson (Edith Evanson) chega ao local e, em seguida, Janet e os demais convidados: Kenneth (Douglas Dick), Sr. Kentley (Cedrick Hardwick) e Sra. Atwater (Constance Collier), r

Hitchcock em Manhattan: "Janela Indiscreta" (1954)

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  Fotos: distribuição Universal Pictures Janela Indiscreta ( Rear Window , 1954) é um dos meus filmes favoritos de Alfred Hitchcock. Ele tem suspense, comédia, bons diálogos, excelentes atuações, personagens cativantes e muito mais. E o mais interessante é que isso acontece dentro de um espaço, praticamente, fechado: a vizinhança de alguns edifícios localizados no Chelsea, em Manhattan; o bairro mais famoso de Nova York. A história é a seguinte: o fotógrafo aventureiro L.B.Jefferies (James Stwart) sofreu um acidente de trabalho, teve uma perna engessada e precisou ficar de repouso em casa, o que significa um verdadeiro sofrimento para ele. Como não pode fazer nada, o homem passa os dias recebendo os tratamentos de sua enfermeira, Stella (Thelma Ritter), as visitas de sua bela namorada, Lisa (Grace Kelly), e observando a vida dos seus vizinhos através de sua janela. Ali, acomodado em sua cadeira de rodas, o fotógrafo voyer acompanha a tristeza e desventuras da vizinha que ele chama de

"Bob Marley: One Love" na rota Kingston - Londres

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  Ontem fui assistir Bob Marley: One Love  (2024), o filme dedicado à lenda do reggae Robert Nesta Marley (1945 - 1981), mais conhecido como Bob Marley por quase todos os seres humanos do planeta. Antes do filme, eu o conhecia mais como artista e compostor de hits famosos como " No Woman, No Cry " e sabia que ele militou pela paz para o povo pobre e oprimido da Jamaica. No entanto, eu desconhecia os detalhes de sua história e tudo o que ele passou e viveu antes de se tornar um dos nomes mais conhecidos e respeitados do universo musical.  No filme, o ator inglês  Kinsley Ben-Adir tem a responsabilidade de dar vida a Bob Marley desde o momento em que ele sofre um atentado, em 1976, dentro de sua casa e espaço onde treinava com os membros de sua banda, The Wailers , até a noite de 22 de abril de 1978, quando ele sobe no palco do Estádio Nacional da capital da Jamaica, Kingston, para apresentar-se, gratuitamente, para os seus conterrânios. O nome do show? One Love Peace Concert

"Priscilla" Presley por Sofia Coppola

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  Poster e foto: divulgação Sony Pictures. Com o título Priscilla  (2023), a diretora Sofia Coppola deixa claro que esse é um filme sobre a vida de Priscilla Beaulieu com o mito Elvis Presley, sob o ponto de vista da própria Priscilla.  Inspirada pelo livro autobiográfico Elvis and me *, Sofia inicia a sua história no ano de 1959, quando a novaiorquina do Brooklyn (interpretada por Cailee Spaeny) tinha14 anos de idade e foi apresentada ao já famoso cantor de rock Elvis Presley (Jacob Elordi), então com 24 anos. Além de belos, esses dois americanos tinham em comum o fato de viverem num país distante de tudo que conheciam e gostavam; um fato que os aproximou imediatamente.  A história continua acompanhando Priscilla desde quando ela vai viver em  Graceland , a mansão de Elvis - primeiro, como namorada dele e, depois, como sua esposa - e termina em 1972, quando a jovem põe um fim no casamento mais badalado do século XX (pelo menos até 1983, quando a princesa Diana e o príncipe Charles apa

"Os Rejeitados" num natal em Massachusetts

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Fotos do filme: divulgação Focus Features O filme Dezembro de 1970. Faltando poucos dias para o Natal, os alunos da Barton Academy preparam-se para as festividades do final de ano. Todos deixam o campus, exceto cinco deles, cujos pais, por um motivo ou por outro, não podem tê-los consigo durante as férias. Esses garotos ficam naquela escola triste e quase vazia, sendo monitorados pelo professor de História Antiga, Paul Hunham (Paul Giamatti), um homem exigente e de personalidade muito difícil. Ou seja, um cenário nada estimulante para jovens cheios de energia e vontade de curtir um pouco de liberdade depois de um longo período de aulas. Não demora muito para o pai de um dos meninos ir buscá-lo para esquiar em Aspen e conseguir a permissão dos pais de outros 3 garotos para levá-los com ele. O único que não pode deixar a 'prisão escolar' é Angus (Dominic Sessa), cuja mãe não retorna o contato do professor Hunham. Sendo assim, a Barton Academy fica habitada por três tipos distinto

Especial Audrey Hepburn: "Bonequinha de Luxo"

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    ( Breakfast at Tiffany's , 1961, direção de Black Edwards, Paramount Pictures) É madrugada na Quinta Avenida quando um táxi para na frente da Tiffany & Co . Dele sai a bela  Holly Golightly (Audrey Hepburn) , vestindo um longo preto, óculos esculos e uma tiara brilhante. Parada ali, a jovem saboreia o seu café da manhã enquanto admira as lindas joias através das imensas vitrines. Minutos depois, podemos entender o significado daquela joalheria para a personagem. "Sabe aqueles dias tristes? Fico deprimida quando engordo ou quando chove. Fico triste e só. Os dias tristes são horríveis. Você tem medo e não sabe do quê. Só consigo me livrar disso pegando um táxi até a Tiffany´s. Isso logo me acalma. Naquele lugar tranquilo e sofisticado nada de mau pode acontecer." Mas não se iluda com essa frase melancólica, pois Holly Golightly pode ser tudo, menos uma mulher depressiva ou convencional. Para você ter uma ideia, ela toma champagne no café da manhã, dá festas de arrom

Especial Audrey Hepburn: "Sabrina"

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  ( Sabrina , 1954, direção de Billy Wilder; fotos: Paramount Pictures) "Era uma vez, na costa norte de Long Island, a 50 km de Nova York, uma garota que morava numa grande propriedade..."   Essa garota se chamava Sabrina Fairchild (Audrey Hepburn) e a propriedade pertencia à rica família Larrabee, para a qual o pai da jovem, Sr. Thomas Fairchild (John Williams), trabalhava como chofer.  O casal Larrabee tinha dois filhos. Linus (Humphrey Bogart), o mais velho, era um empresário pragmático, focado nos negócios e em fazer a fortuna de sua família crescer. David (William Holden), o mais novo, era um mulherengo incorrigível, que preferia passar as noites nos clubes de Manhattan a ter que ficar trancado no escritório da família, trabalhando em coisas que não lhe interessavam. Acontece que esse bon vivant era a razão da existência de Sabrina, o homem por quem ela era perdidamente apaixonada. Para David, no entanto, Sabrina era apenas a filha do motorista da família e ponto final.

Especial Audrey Hepburn: "Como Roubar Um Milhão de Dólares"

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  ( How to Steal a Million , 1966, direção de William Wyler) "Como Roubar Um Milhão de Dólares" é uma comédia deliciosa, com uma química perfeita entre Audrey Hepburn e Peter O' Toole e diálogos afiados e divertidíssimos, esses criados por George Bradshaw e Harry Kurnitz para, praticamente, todos os personagens. Dito isso, vamos ao roteiro.  Nicole Bonnet (Hepburn) é uma parisiense oriunda de uma família rica, que gosta de trabalhar para ganhar o seu próprio dinheiro e de fazer as coisas certas. No entanto, essa jovem de padrões morais elevados tem um pai politicamente incorreto, cujo comportamente causa-lhe muitas dores de cabeça. E por quê? Porque o Sr. Charles Bonnet (Hugh Griffith) especializou-se em falsificar obras de artes de mestres como Van Gogh, Renoir, Cézanne, dentre tantos outros nomes famosos, e de exibi-las para o mercado como sendo pinturas originais que estavam "perdidas" e foram adquiridas pela sua família, correndo, assim, altos riscos de ser

Especial Audrey Hepburn: "Quando Paris Alucina"

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  Imagine um autor famoso e bon vivant que recebe dinheiro adiantado para escrever um roteiro comercial para um filme hollywoodiano, mas que prefere gastá-lo curtindo a vida em Paris, cercado de muita bebida e hospedado numa suíte de luxo com vista para a Torre Eiffel. Bem, este é o retrato do americano Richard Benson (William Holden), contratado pelo produtor Alexander Meyerheim (Noël Coward) para criar o novo sucesso de cinema da temporada. Três dias antes da entrega do roteiro, que coincidentemente será o Dia da Bastilha, Benson recebe a visita de Gabrielle Simpson (Audrey Hepburn), a profissional que deveria datilografar as 138 páginas, teoricamente, já disponíveis da história criada por ele. No entanto, ela descobre que a única coisa que aquele escritor tem para oferecer, além de um drinque, é um título para a obra: "A Garota que Roubou a Torre Eiffel"; e, pior ainda, que ele não faz ideia de como esse futuro " filme de suspense e ação, que também será um melodrama

Especial Audrey Hepburn: "Charada"

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  Suspense policial com ares de comédia e romance, "Charada" ( Charade , 1963, direção de Stanley Donen) começa mostrando um homem chamado Charles Lambert sendo empurrado de um trem, no caminho entre Paris e Bourdeaux. A polícia francesa investiga o caso e descobre que, dias antes, ele havia vendido todos os móveis do rico apartamento em que morava com sua esposa, Regina Lambert (Audrey Hepburn), e estava tentando fugir para a América do Sul. Ao voltar das férias em Megève, nos Alpes franceses, além do susto de encontrar o lar vazio, Regina é informada pelo inspetor Edouard Grandpierre (Jacques Marin) de que o seu marido estava de passagem comprada para a Venezuela, com poucos pertences a tiracolo e, curiosamente, sem quase nenhum dinheiro no bolso, mesmo tendo recebido US$ 250.000,00 pelos móveis vendidos. Além disso, ele dizia ser suíço, mas tinha passaportes de três outras nacionalidades. Um verdadeiro enigma. Regina se dá conta, então, de que a única coisa que sabia do m